Era uma vez um produto que surgiu lá no Reino Mágico da Moda, criado pela grife espanhola, Balenciaga, uma controvérsia coleção de tênis chamada de Paris Sneaker Destroyed. – E põe destroyed nisso! – trata-se de uma linha podrona, que parece mais pronta para a lata do lixo de que para ser posto nos pés e perambular por aí.
A marca já causa alvoroço quando faz algum lançamento e, por isso, não seria diferente. E é aí que mora o pulo do gato: a grife conseguiu com essa proposta viralizar nas redes, bombou nos chamados trending topics, agitou o Twitter, portanto, com isso, fez merchan gratuito.
Independente de quem vai comprar, ou não, a marca foi esperta em apostar em engajamento orgânico, até porque, polêmica “causa”. E assim, até quem nunca ouvira falar de dona Balenciaga, acabou sabendo sobre o tal tênis esculhambado. Eis aí uma demonstração do poder do marketing e, em minha opinião, movimento brilhante, em termos de apelo. Para isso, palmas!
Agora, o que não leva minhas palmas é o produto em si: fala sério, se eu quiser um sapato podre, eu simplesmente pego um tênis meu, rasgo ele todo e saio por aí pagando de manjadora-de-tendências.
Mas eu não sou influente igual a Balê. O que leva a outra questão: o que desperta o seu desejo de compra é mesmo algo (e agora abro muitas aspas) “que você realmente amou”, ou sofreu influência de anúncios e posts virais e daí desencadeou em um gatilho que te levou, ou ainda levará (jornada do cliente, hi!) a comprar um produto?
Pense nisso, pois embora a pauta “tênis Balenciaga podrão”já tenha perdido um pouco sua força, ainda assim, e exatamente por essa razão, achei mais que relevante trazer em discussão. Afinal, o marketing é uma ferramenta poderosa que tem como técnica contar histórias. E essas histórias envolvem e encantam. Saber usar a publicidade é um trunfo.
Até o próximo artigo!
>> Ah, e caso você esteja se perguntando sobre valores desses sneakers, na pré-venda nos Estados Unidos eles estavam custando 1,8 mil dólares (dá 9,2 mil reais). E com potenciais compradores, viu.
0 comments