Artigo portfólio | escrito no período de quarentena.
Esse negócio de comprar pela internet ou somente namorar vitrines digitais é um tanto viciante – quero dizer, mucho viciante. Pois, no caso, eu sou mais de olhar de que comprar (risos). Gastar é para momentos em que posso me dar ao luxo.
O interessante dos sites é poder conferir mostruários, inclusive de grifes caríssimas, sem ter de lidar com as investidas de vendedores, ou mesmo, aquele julgamentozinho de poder aquisitivo e tals.
On-line podemos ter acesso irrestrito ao acervo das lojas. Afinal, xeretar arara por arara requer paciência, além de tempo e, nem sempre, se pode ter uma noção do todo em lojas físicas.
E, não à toa, tem muita marca crescendo absurdamente na recente pandemia. As pessoas não podem bater perna e acabam fazendo compras on-line, às vezes, por puro tédio.
No entanto, certas situações me intrigam nesse lance do digital, porque examinar as vitrines na web é como mergulhar em uma galáxia de opções sem começo, meio e fim.
Se, por exemplo, quero ver uma bolsa animal print de oncinha, é só digitar na busca e uma enxurrada de ofertas pipocam na tela. Chega a ser problemático decidir. E as ofertas e cupons de desconto complicam também.
De repente você quer esperar a fatura fechar, ou receber o pagamento e, com isso, perde oportunidades de comprar os cacarecos com valor mais baixo. E, claro, graças a essa teia de liquidações sempre “imperdíveis”, as pessoas fazem dívidas ou estouram limites de cartões por medo de perderem promoções ou esgotar estoques.
E há também outro detalhe relacionado ao produto em si, quando finalmente chega em nossas mãos. Comprar sem ver ao vivo é um pouco ingrato, pode ocorrer frustrações, por vezes, inevitáveis.
O produto na foto parecia mais interessante. Por outro lado, também pode-se superar expectativas, da compra chegar e ser realmente incrível.
Mas, parando para refletir, nada substitui o ir até a loja, pegar a mercadoria nas mãos e dar uma boa olhada. Testar, conferir a qualidade e, aí sim, adquirir com confiança – mesmo que os vendedores façam aquela pressão básica para levarmos, inclusive, o que não precisamos, né?
Claro que com tantos cookies dos sites somos até mais compelidos a levar algo. Você paquera uma blusa e, quando menos espera, a bendita pipoca em anúncio na lateral da tela do computador ou celular.
O e-mail marketing te visita até no spam, vem o cupom, a oferta relâmpago, essas coisas.
Sei não, pensando bem, o apelo vem de todo lado, não importa se em loja física ou digital.
Mas apesar desse estresse, ainda prefiro o comércio presencial. É mais divertido! A gente se arruma, passa perfume e dá umas voltas. Com isso, estimulamos a manutenção do emprego do setor e assim gira a roda da economia.
Então, vamos orar por dias menos turbulentos. Todos queremos reunir os familiares com segurança para bater papo, ir com aquela amiga querida escolher uma bota nova, sempre pedindo a opinião dela, claro!
A vida acontece em detalhes, etapa por etapa, e hoje, mais do que nunca, temos essa certeza.
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